É muito além
É mais do que devia
Excesso que dá
De toda delicadeza...
Portanto, contudo, todavia
Toda vez você desvia
O rumo do assunto
E nunca que chega junto
E nunca que chega
Ao centro da questão
Escrúpulo!...
Você não fala pelas costas
Você não fala pelos cotovelos
Passa noites em claro
Mordendo a fronha
E escolhendo frases
De efeito moral
E nunca que você dá jeito
E nunca que ninguém
Dá jeito na situação
Escrúpulo!...
O tímido medo do ridículo
É sempre no limite
Que você decide
Decide se vai, ou se fica
Ou se foge
Decide, revide ou decide
Perdão!...
Você não sabe
Muito bem ao certo
Com que medida
Pode ser medido
O que é que move lá no fundo
Da verdade oculta
O que é que assusta
O seu coração
Você persegue a causa
E nunca que percebe
A causa da destruição
Escrúpulo!...
Odeio ficar fazendo rodeio
E pelo tolo receio
De ouvir um não
E dando passos em falso
Andando em círculo
O pé atrás, o impasse
O nó na garganta
Então já não adianta
Agora já não adianta
Mudar a decisão
Escrúpulo!...
O tímido medo do ridículo
É sempre no limite
Que você decide
Decide se vai, ou se fica
Ou se foge
Decide, revide ou decide
Perdão!...
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