Éramos uma pá de apocalípticos
De meros hippies, com um falso alarme...
Economistas, médicos, políticos
Apenas nos tratavam com escárnio
Nossas visões se revelaram válidas
E eles se calaram mas é tarde
As noites tão ficando meio cálidas
E um mato grosso em chamas longe arde
O verde em cinzas se converte logo, logo
É fogo, é fogo!
É fogo, é fogo!
Éramos uns poetas loucos, místicos
Éramos tudo o que não era são
Agora são com dados estatísticos
Os cientistas que nos dão razão
De que valeu, em suma, a suma lógica
Do máximo consumo de hoje em dia
Duma bárbara marcha tecnológica
E da fé cega na tecnologia?
Há só um sentimento que é de dó e de malogro
(x2)
É fogo, é fogo!
É fogo, é fogo!
Doce morada bela, rica e única
Dilapidada só como se fôsseis
A mina da fortuna econômica
A fonte eterna de energias fósseis
O que será, com mais alguns graus celsius
De um rio, uma baía ou um recife
Ou um ilhéu ao léu clamando aos céus, se os
Mares subirem muito, em tenerife?
E dos sem-água, o que será de cada súplica
De cada rogo
É fogo, é fogo!
É fogo, é fogo!
Em tanta parte, do ártico à Antártida
Deixamos nossa marca no planeta
Aliviemos já a pior parte da
Tragédia anunciada com trombeta
O estrago vai ser pago pela gente toda
É foda! é fogo!
É fogo, é fogo!
É fogo, é fogo!
É a vida em jogo!
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